Do ponto de vista humano, no
aspecto biológico ou fisiológico, a vida é quase nada. Passageira, de pouca
duração. O apóstolo Tiago, falando sobre a fugacidade da vida escreve: “Que é a
vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.” -
(Tiago 4:14). O poeta Ferreira Medrado descreve em versos essa verdade:
O
que se chama vida?
- É
uma vela! Apaga-a o vento!
Mas,
dizei-me:
Que
tempo dura ela?
- Dura
um só momento!
Então
é qual relâmpago ligeiro
Que
depressa se acende e se apaga?
- Sim.
É como a vaga
Que
forte, levantada,
Com
grandes urros e estampidos tredos,
Se
esmaga nos penedos
E
se transforma em nada!
Quanto valemos nós, materialmente
falando? Nossa constituição física é apenas uma combinação de produtos
químicos. Uma pessoa que pesa 70 quilos, sendo reduzida a seus mais simples
elementos, contém, aproximadamente, 52 litros de água, suficientes para regar
uma vez um pequeno jardim de casa; carbono suficiente para 2 quilos de sabão;
açúcar suficiente para 3 quilos de doce. E mais alguns poucos produtos. Pouca
coisa, não acham?
Mas aí, nesse conjunto de coisas,
entra o sopro de Deus, transformando-o numa alma vivente, numa pessoa, num ser
humano. E como criação divina, e numa perspectiva de eternidade, a vida se
torna um bem de inestimável valor. E é dessa forma que devemos ver a nossa
vida. Tesouro de Deus. Precioso mistério. Maravilha indecifrável.
Realmente, se nossa vida se
restringisse a este curto tempo de existência terrena, pouco significado teria.
Mesmo porque, em boa parte, ela consiste de problemas, lutas, enfermidades,
dores, e, ao final a morte. Mas, não. Esta vida, privilégio de incalculável
valor que Deus nos prodigalizou, pode se perpetuar por toda a eternidade. E não
em circunstâncias como as atuais, tão cheias de provações e tristezas. Mas num
mundo novo, perfeito, sem manchas de pecado ou mal, sem inimigos, sem
degradação, sem debilidades, sem dores, sem fim. Era para ter sido assim
sempre. Mas com a entrada do pecado no mundo, tudo mudou. Entrou o sofrimento e
a morte. Foi então que Deus, em Seu grande amor pela criatura humana, criada à
Sua semelhança, idealizou o inefável plano de restauração da Terra e da
salvação do homem. Hoje, depende de nós o que fazer com esta vida: Torná-la um
breve e conturbado período de existência, ou perpetuá-la por toda a eternidade,
num mundo perfeito, repleto de beleza, com plena felicidade e alegria. Muitos
rejeitam esse oferecimento de Deus, descreem, achando ser bom demais para ser
verdade. A vinda de Jesus a este mundo, Sua morte, Sua ressurreição, é a
garantia divina de que este grandioso plano de restauração não é apenas uma
esperança, mas é uma realidade. Não fosse isso, a vida realmente pouco valeria.
O apóstolo Paulo, escrevendo
sobre o que aconteceu com o mundo pela queda de Adão, e a missão de Cristo na
restauração do plano original, declarou: “Se nossa esperança em Cristo se limita
apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens. Mas de fato
Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo Ele as primícias dos que dormem.
Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição
dos mortos. Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão
vivificados em Cristo.”- (1 Cor. 15:19-2).
Então
agora poderíamos perguntar: O que é a vida? A nossa vida humana? É apenas um
conjunto de moléculas em movimento, que logo desaparece? Não. É o portal da eternidade.
Mas, se vai ser uma coisa ou outra depende de cada pessoa. A escolha é a
soberana decisão de cada ser humano. E seria difícil entrar nesse maravilhoso
plano de Deus? Seria custoso lançar mão da eternidade? É fácil. É uma questão
de vontade. De decisão. A fórmula da salvação é simples. Ela se resume nas
seguintes palavras do apóstolo João: “E o testemunho é este, que Deus nos deu a
vida eterna; e esta vida está no Seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida;
aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida” – (1 João 5:11 e 12).
Você que é jovem, ou de mais
idade, reavalie sua vida. Reveja suas prioridades. A coisa mais importante que
você pode fazer nesta vida é preparar-se para a eternidade. Note este conselho
de Jesus: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e todas as
outras coisas vos serão acrescentadas.” – Mateus 6:33.
T.S.