J. Berger Johnson
Não mais pesares, prantos, não
mais morte,
Tudo passou p'ra sempre – que
alegria! -
Quando, remidos, alcançarmos sorte
Nesse país onde é eterno o dia!
Não mais cortejo fúnebre ou
doença,
Pecado algum turbando o coração,
Quando este mundo mau, sem lei
nem crença,
Do Universo volver à comunhão.
Tempestades não mais, nem
acidente,
Nenhuma praga aos povos assolar
Nos domínios do Pai onipotente,
Quando Ele a pobre Terra renovar.
Nada de guerras nem carnificina,
Lutas não mais, pois já domina a
paz;
Ninguém mais fere, abate ou
extermina,
Tudo isso agora já ficou atrás.
Esperança e louvores entretanto,
Eterno gozo num viver sem fim,
Teremos nesse mundo lindo e
santo,
Feliz, florido, edênico jardim.